Que todos sabemos que a realização de atividade física, qualquer uma, apresenta alterações em nosso organismo que nos traz sensação de bem estar, todo mundo já sabe. O que muita gente não tem conhecimento é de que essa sensação de bem estar ocorre em razão da liberação de algumas substâncias em nosso organismo. Uma delas é a endorfina, hormônio produzido pelo cérebro durante e após a atividade física que regula a emoção e a percepção da dor, ajudando a relaxar. Considerada um analgésico natural, a endorfina, conforme comprovação científica, reduz o estresse e a ansiedade.

Sabemos que a endorfina é produzida na hipófise e liberada para o sangue juntamente com outros hormônios (GH e ACTH) que estimula a produção de adrenalina e cortisol. Embora tenhamos diversas manifestações a respeito da produção da endorfina no organismo e o tipo de exercício praticado que provoca tal liberação, temos que a intensidade e duração do exercício são aspectos importantes e responsáveis pela concentração de endorfina no sangue. Exercícios de média e alta intensidade praticados por período superior a 30 minutos (longa duração) são os maiores responsáveis pela liberação de endorfina no organismo, bem como, outros hormônios relacionados à atividade física (GH e ACTH) que estimula a produção de adrenalina e cortisol.

 Imagem

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-szXNfJH-eCY/TYaBmzw_ySI/AAAAAAAAAF4/ga4ZM6_lIhM/s1600/info_endorfina_corrida.jpg

Nesse aspecto, imprescindível ressaltar que a utilização do nosso corpo, pela atividade física, acarreta a liberação dos hormônios mencionados que tem como, dentre outras funções, a de provocar sensação de prazer, euforia e analgesia. Temos ainda que nas praticas de longa duração (a partir de 30 minutos) a endorfina se mantém no organismo por cerca de 2 horas após o treino. Sendo assim, só depende de nós a estimulação na produção dessas substâncias que provocam o bem estar igual ao de comer uma barra de chocolate, mas com saúde.

Sendo assim, além dos benefícios já mencionados, estudos mostram que a produção de endorfina está ligada a melhora da memória, da concentração e do sistema imunológico, remoção de radicais livres, além da melhora no humor, resistência, disposição física e mental, sem contar com o efeito analgésico e alívio da dor. Temos que alguns médicos a utilizam no tratamento de doenças como a depressão e ansiedade.

Alguns pesquisadores acreditam que a endorfina produz no cérebro sensações muito similar àquelas produzidas pela morfina, ópio e heroína, sem, evidentemente, seus efeitos nocivos. Há, portanto, a alteração da química cerebral pela prática de exercício que causa euforia nos atletas, a denominada “runner´s high” (o barato do corredor). Por isso, passou-se a estudar o efeito viciante da atividade física, dentre elas a corrida, objeto de estudo de muitos pesquisadores, já que é uma atividade aeróbia de longa duração e, portanto, uma das que causam a produção de endorfina no organismo. A grande maioria dos corredores se dizem viciados pela corrida, o que nos leva ao entendimento de que a endorfina é uma droga natural, produzida por nosso próprio organismo, cujas sensações são semelhantes ao consumo de chocolate, ao sexo e ao se apaixonar.

Portanto, nada melhor do que iniciar a prática ou continuar com o treino e produzir endorfina para que, além dos benefícios que já citamos acima, sentir na pele, ou melhor, no cérebro, os efeitos dessa droga natural, aproveitando a corrida para ter maior disposição para as suas atividades profissionais, aumento da autoestima e da autoconfiança, resistência e melhora no raciocínio, aproximando-se da felicidade.

Escrito por IGNEZ FECCHIO