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Será que você necessita do seu treinador ???

Atualmente a maioria dos cientistas do esporte aposta cada vez mais no treinamento individualizado. Mesmo para equipes de esportes coletivos, como por exemplo, no futebol, em que é investigado se o atleta, durante a corrida, realiza tiros de 15 metros em 80% de sua atuação em campo, o que justifica a necessidade do treinamento individualizado, já que não é possível padronizar o treino em relação aos outros atletas.

Dentre os inúmeros benefícios na atuação do profissional educador físico e especializado temos:

  • o auxílio aos atletas para que haja melhoria considerável no seu desempenho,
  • observações analíticas músculo-esqueléticas,
  • visualização do equilíbrio muscular entre parte posterior ou anterior do corpo,
  • fortalecimento dos músculos para evitar lesões,
  • análises da forma de correr (biomecânica) e instruções a respeito,
  • estímulo motivacional e objetivos desafiadores e realistas na montagem de treinos e metas,
  • quanto maior seu conhecimento a aplicação de técnicas auxiliadoras para satisfazer seus clientes, como yoga, funcional, etc.

Outro fator importante que se destaca na atuação do treinador refere-se ao termo Economia de Corrida (EC), consagrando pesquisas realizadas por fisiologistas que destacam a importância muscular, os treinos de força ou potência e os treinamentos específicos como pliometria e funcionais direcionado aos corredores, com o objetivo de melhorar o nível de economia de corrida e lhe dar mais performance, contrariando questões em que acreditava-se que o atleta estava “pré-determinada” por questões como o VO2 max. ou limiar de lactato.

Penso como treinador de corrida, que minha função inclui alguns verbos como cuidar, orientar, instigar, estimular, desafiar e acima de tudo fazer com que meu aluno se torne uma pessoa mais feliz e plena com o esporte que escolheu.

Escrito por

Rodrigo Gibba

Educador Físico, Treinador e Diretor Técnico da Assessoria HPS.

CREF.090038

Como treinador de corrida, acredito fielmente que uma correta planificação de treinamento deve constar de 3 condições bem específicas e diferentes afim de aprimorar o desempenho do atleta. Muitas vezes o corredor com a falta deste conhecimento pode-se ver estagnado em suas marcas , o que poderá acarretar eventual desmotivação em seus treinos.

A referência que faço abaixo, tem como embasamento o treinamento aplicado do Instituto de Corrida e Treinamento da Universidade de Furman, método denominado de FIRST e que relata a condição das 3 corridas de qualidade e diferenciadas necessárias para sua aplicação:

O consumo máximo de oxigênio (Max VO2) é uma medida da capacidade de um atleta para produzir energia aerobicamente. Pode-se dizer que o consumo máximo de oxigênio dá a um corredor a ideia do tamanho do motor que ele tem para trabalhar. Normalmente, um consumo Maximo de oxigênio indica que mais trabalho pode ser realizado durante um determinado período.

O limiar de lactato (LT) é uma medida da forma metabólica. O lactato é um produto colateral orgânico do metabolismo anaeróbico, e seu acumulo no sangue é usado para avaliar a intensidade de um corredor pode manter períodos extensos – geralmente 30 minutos ou mais. O limiar de lactato e os níveis máximos de lactato em estado constante são indicações do quanto os músculos estão treinados para fazer um trabalho de resistência. A maioria das pessoas, exceto os atletas bem treinados, é limitada pela forma metabólica e não pela forma cardiovascular.

Atletas de resistência altamente treinados tornam-se mais resistentes e só elevarão a quantidade de lactato após maior tempo de treino, o que significa que podem trabalhar com taxas extremas de frequência cardíaca, sem grave fadiga muscular. Um individuo destreinado pode atingir o LT acerca de 50% ou 60% de sua frequência cardíaca  máxima,  enquanto um corredor bem treinado não atingiria seu limiar de lactato antes de 80% ou 95% de sua frequência cardíaca máxima.

Economia de corrida é a quantidade de oxigênio consumidor em relação ao peso corporal do corredor e a velocidade em que o corredor se move. Movimentos corporais desnecessários resultam em aumento do consumo de oxigênio e, portanto, em decréscimo na economia de corrida. A economia de corrida pode ser expressa com uma velocidade atingida em determinada taxa de consumo de oxigênio, ou como VO2 necessário para manter uma dada velocidade de corrida. Correr em determinado ritmo submáximo e usar menos oxigênio indica que um corredor é mais econômico ou que melhorou sua economia de corrida. Esse determinante do desempenho da corrida em geral leva o maior tempo para mostrar melhoras mensuráveis.

Na maioria das vezes, treinas na intensidade adequada é reconhecidamente o fator mais importante para melhorar cada um dos três elementos. Por esse motivo, cada sessão de treino precisa ter a intensidade ou o ritmo de corrida adequados para estimular a adaptação fisiológica necessária, a fim de melhorar o determinante especifico do desempenho de corrida.

Concluindo o treinador aplicará o sistema dividido em condições de treinos por tempo, corridas longas e formas semelhantes à repetição de pista. Com ritmos adequados e atuais do corredor, a fim de obter a intensidade adequada de treino.

 

Escrito por

Rodrigo Gibba

Educador Físico, Treinador e Diretor Técnico da Assessoria HPS.

CREF.090038